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Novos clones de seringueira já estão disponíveis


 CréditoShutterstock
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O Brasil produziu, em 2014, 186mil toneladas de látex, das quais aproximadamente 100 mil toneladas foram no Estado de São Paulo.São Paulo detém 55% da produção nacional de látex.
Essa produção tem diminuído, de acordo com Paulo de Sousa Gonçalves, pesquisador do IAC – Seringueiras, primeiro em função da crise, segundo porque a China deixou de crescer, o que baixou o preço da borracha. Por outro lado, com o aumento do dólar no Brasil esse cenário está se recuperando e os produtores se mostram mais animados.
À frente da produção
A maior produção de seringueiras está em São Paulo porque a região favorece climaticamente a atividade. Paulo Gonçalves explica que o Estado é considerado área de escape, pois no Norte não se planta quase nada de seringueira em virtude de doenças. “Em São Paulo, em produção a partir de sementes trazidas de Rondônia, não se observou problemas de doenças em árvores com 100 anos de idade”, conta.
Enquanto as doenças acabaram com os seringais da Amazônia, onde se concentram grandes plantios, nenhuma doença foi detectada nos seringais de São Paulo. A doença referida pelo pesquisador, no Amazonas, é o mal das folhas, que até hoje não tem variedade que seja resistente. “Começa resistente, depois passa a ser suscetível em função da mutabilidade do fungo, chamado Microcyclusulei, causador do mal das folhas”, esclarece.
A evolução da heveicultura
O Instituto Agronômico, em 1941, plantou nas estações experimentais de Campinas, de Pindorama e de Ribeirão Preto, um material que se destacou em nível de pesquisa, importado de clones do sudeste asiático.
Dentre esses clones estava o RRIM600, que é o mais plantado no Estado desde aquela época.Atualmente, Paulo Gonçalves informa que são mais de cinco mil seringais plantados em São Paulo nos 101 mil hectares.
“A partir daí começamos o trabalho de melhoramento. Surgiram três séries de clones. O Clone IAC da série 300, que são 12 clones. Da série 400, que continua em avaliação, com cerca de 10 clones, e a série IAC 500, que é a mais importante por produzir bastante, e também por apresentar precocidade”, enumera o pesquisador.
Os materiais em questão, aos seis anos já entram em sangria, quando o normal é sete anos. Além disso, têm potencial de produção superior a dois mil quilos por hectare, sendo que alguns têm potencial para abrir painel com até cinco anos e meio de idade.
“No momento esses materiais estão resumidos a São Paulo, mas estamos expandindo par outras regiões, porque acreditamos que ele também seja resistente ao mal das folhas. Os clones são indicados para área de escape”, diz Paulo Gonçalves.
Busca constante
Quando os pesquisadores estão estudando determinado clone, as características buscadas variam de acordo com a região.São Paulo, por exemplo, requer vigor e produção, resultando na série IAC 500 e 400.
“Essa seleção acontece a partir de 40 mil plantas, para restarem de 10 a 12 clones. Na série IAC 500 conseguimos 15 clones, todos eles de alta produção. Todos eles têm que ser superiores ao clone mais plantado em São Paulo e no mundo, RRIM600. É uma dificuldade muito grande fazermos o produtor acreditar em um material novo, por se tratarde uma cultura perene. Mas, aos poucos eles começam a plantar os clones IAC 512”, avalia Paulo Gonçalves.
Manejo
Quanto ao manejo dos clones, em relação aos materiais convencionais, nada muda, segundo o pesquisador. O espaçamento é o mesmo, de 8 x 12,5 m, assim como o manejo de adubação, seja para o IAC 35, IAC 300, ou IAC 305.
Brasil afora
No norte do Brasil praticamente não se observam novos plantios. Lá, está sendo implantado o método de enxertia de copa, que atrasa a produção em um ano. Com dois anos de idade (quando a árvores está com dois metros e abrindo copa), a planta é recepada e enxertado outro material sobre a copa, de uma espécie resistente ao mal das folhas.
Essa prática encarece a muda, mas é a solução para os produtores daquela região. A prática é chamada de planta tricomposta, e veio para driblar as doenças, o que também pode ser útil no litoral, onde o problema é incidente.
Características
Cada clone tem a sua característica. Paulo Gonçalves explica que o clone IAC 500 tem potencial de produção média de sete anos e 500 quilos por hectare. Já aos nove anos de idade, produz 2.232 quilos de borracha, ou seja, 40% superior em relação ao RRIM600, que é o clone mais plantado.O 502 é o mais produtivo.Com nove anos, a média dele é de 2.678 quilos de borracha seca por hectare/ano (68% superior).
Outro clone que se destaca muito é o IAC 511, que tem potencial de produção de 2.249 quilos de borracha seca por hectare/ano, superior em 41%. “Esses clones são de grande potencial, e além do mais iniciam a sangria aos seis anos de idade, além de já terem sido selecionados dentre mais de 200 clones. Desses, 15 entram com 45 cm de circunferência de abertura de painel para sangria. O IAC 505 estava com 58,24 cm de circunferência aos seis anos de idade, ou seja, é um clone que tem condições de sangrar aos cinco anos”, informa o pesquisador.

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